O Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) recebeu na quarta-feira, 27 de março, Gustavo Hoffmann — renomado profissional da atualidade que estuda e presta consultoria sobre modelos educacionais para a Educação Superior.
Ensino Híbrido, Sala de Aula Invertida e o Uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem foram as principais temáticas abordadas por Hoffmann com o reitor, professor doutor Günther Lother Pertschy, a reitora eleita, professora Rosemari Glatz, com professores, coordenadores de cursos e pró-reitores.
Conforme o profissional, que é diretor do Grupo A e do Conselho Consultivo do Portal Desafios da Educação, os três temas citados estão mudando o Ensino Superior. Ele explica que hoje há dois modelos educacionais completamente diferentes: o Ensino Presencial e o Ensino a Distância, e muito provável, nos próximos anos não haverá uma distinção entre as duas modalidades.
— Estamos caminhando para um modelo único de educação, que terá alguns momentos presenciais no Ensino a Distância e mais tecnologia de informação no Ensino Presencial. Isso vai configurar um novo modelo de ensino, que chamamos de Híbrido — ressalta.
Hoffmann destaca ainda, que atualmente, na sala de aula de um modelo tradicional, o professor tem como principal objetivo expor conteúdo para os alunos, e segundo ele, isso não funciona bem por dois fatores: o primeiro é que depois de 15 dias de uma aula expositiva, os estudantes tendem a se lembrar somente 20% do que o professor falou, e o segundo é que cada aluno tem um ritmo diferente de aprendizagem.
— O acesso ao conteúdo que acontece exclusivamente dentro da sala de aula poderia acontecer em qualquer hora, em qualquer lugar. Se eu estruturo um conteúdo e coloco num ambiente virtual de aprendizagem, permito que cada estudante, no seu próprio ritmo tenha acesso. Assim, a aula passa acontecer em casa, através de vídeoaula, e a lição de casa passa a acontecer na escola — salienta.
Por fim, Hoffmann comenta sobre o uso de metodologias ativas de aprendizagem, que conforme ele, vem quebrar esse modelo predominantemente expositivo e para inverter a sala de aula.
— Concilia-se aulas expositivas, tecnologia e conteúdo digital, metodologias ativas parece ser o modelo de ensino do futuro. E a UNIFEBE caminha neste sentido, incluindo metodologias ativas dentro do presencial, pensando em inovação e tecnologia — observa.
Mudança de cultura
O consultor enfatiza que o Ensino Híbrido, Sala de Aula Invertida e o Uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem hoje são realidade nas instituições de Ensino Superior e fazem parte de uma mudança cultural. Ele analisa que a UNIFEBE já tem avançado neste sentido e que os processos de inovação são fundamentais para um modelo de ensino mais eficiente e aderente as competências do Século XXI.
A reitora eleita afirma que a Instituição passa por um momento importante e que trazer um profissional para conversar sobre novas formas de aprendizagem é oportuno e implica em uma mudança de cultura.
— Vínhamos historicamente no modelo tradicional, onde o professor fala e expõe, e isso precisa mudar. A maneira de aprender se modificou e o Gustavo Hoffmann trouxe experiências de outras instituições que estão dando certo e assim podemos adequar a nossa realidade e promover paulatinamente uma mudança de cultura neste sentido, de atualização práticas de ensino e trazendo mais eficácia para o processo de ensino-aprendizagem — ressalta Rosemari.
Para o reitor, a vinda de um ícone contemporâneo faz parte de um momento ímpar que a UNIFEBE disponibiliza para os docentes.
— É a oportunidade dos nossos professores estarem sintonizados com que há de mais contemporâneo na forma de pensar e conduzir metodologias, formas de apresentar o conteúdo e utilizar tecnologias. É uma grande reflexão nas nossas práticas e no desempenho como docentes e de Instituição de Ensino Superior — salienta.
A pró-reitora de Ensino de Graduação, Heloisa Maria Wichern Zunino, enfatiza também que a vinda de Hoffmann corrobora iniciativas de inovação pedagógica que já vem sendo desenvolvidas nas Instituições de Ensino Superior.
— Encoraja e inspira nossos docentes ao uso de metodologias ativas de aprendizagem e desenvolve nos acadêmicos as competências necessárias para o mercado de trabalho e as exigências dos profissionais contemporâneos — destaca.