Os acadêmicos da 5ª fase de Design de Moda da UNIFEBE aprenderam na prática a bordar manualmente. A técnica foi apresentada aos estudantes, durante a oficina ministrada pela Confraria das Bordadeiras, na aula do Componente Curricular de Projeto de Moda: Produtos para Ambientes, ministrada pela professora Alexssandra da Silva Fidelis.
Com o intuito de incorporar aspectos artísticos nos projetos e na produção de peças para cama, mesa e banho, que será produzida pelos próprios estudantes ao final do Componente Curricular para a Coleção Casa/Lar, a professora Alexssandra explica que ao longo das aulas, os alunos têm participado de diversas experiências manuais. “Nesse workshop, a proposta era que a Confraria das Bordadeiras pudesse compartilhar seus conhecimentos e habilidades, introduzindo aspectos da arte do bordado simples, servindo de inspiração para a produção da coleção autoral”, elucida.
A professora complementa ainda que acredita que a atividade vai além do bordado e do que foi apreendido enquanto habilidade manual. “Tem relação com as experiências de vida, valorizar um conhecimento ancestral e que carrega consigo a história e vivência de cada uma das bordadeiras que estiveram conosco. É um verdadeiro tributo ao conhecimento das mulheres que vieram antes de nós”, acrescenta.
Mesmo já conhecendo a técnica, muito utilizada por sua irmã para bordar toalhas, a acadêmica Ariely Cristine Nicoletti confessa que a oficina foi bastante prática e despertou um sentimento de nostalgia e de valorização ao manual. “Tenho memórias da infância de ela bordando minhas toalhinhas de rosto para levar para a escola e considero muito importante aprendermos a técnica, pois na moda os trabalhos manuais são, sim, requisitados, valorizados, além de ressignificarem nossa história e nossos antepassados”, revela.
A herança cultural e histórica do bordado também é um dos pontos ressaltados pela coordenadora do curso de Design de Moda da UNIFEBE, professora Jô Rosa. “Compreendo que os bordados manuais promovem a preservação das técnicas culturais e artísticas, além de permitir que o aluno aprenda sobre a personalização e a individualidade na produção de uma peça. Cada peça bordada à mão é única e carrega o toque pessoal do artesão. Isso permite que os designers criem peças exclusivas e distintas, adicionando valor percebido às suas criações. Ao valorizar o trabalho manual e local, os bordados manuais podem ajudar a promover práticas de produção mais éticas e sustentáveis”, frisa a professora.
Durante o workshop, as bordadeiras da Confraria contaram sua história, apresentaram alguns trabalhos e participações em eventos e ensinaram as técnicas do bordado simples. Divididos em grupos, os acadêmicos foram instigados a aplicar os conhecimentos.
Confira algumas fotos da atividade: