A atuação de 43 acadêmicos e uma professora do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, durante o Desafio Mundial da Natureza Urbana (DNU), somou 1.559 registros válidos de espécies silvestres de fungos, plantas e animais, entre 26 e 29 de abril. Ao todo, nos 54 municípios da mesorregião participantes, foram 6.662 observações em 29 municípios.
As cidades com os maiores números de observações válidas para o DNU foram Blumenau, Timbó e Brusque; e, sendo que, somente nesta última, foram 87 registros considerados notáveis, de 510 espécies diferentes. A classificação é dada para aqueles feitos de espécies raras, pouco representadas em plataformas como a iNaturalist ou Global Biological Information Facility (GBIF). Também se enquadram nela as espécies que integram alguma das categorias de perigo de extinção. Outras 21 cidades da região tiveram fotos na categoria.
Coordenadora local do DNU 2024, a professora Tamily Roedel foi a 5.º no ranking de Quantidade de Observações, com 285 observações, e a 8.ª em Quantidade de Espécies Registradas e Identificadas, totalizando 90 espécies. Ela comemora os resultados atingidos na edição e destaca a participação popular no processo.
“No ranqueamento nacional, ocupamos a segunda posição em participação cidadã e na terceira em quantidade de observações e quantidade de espécies observadas e identificadas”, relata.
Diversidade
O acadêmico de Engenharia Civil, Cenir de Pinho Junior foi um dos participantes destacou-se ao alcançar o 9.º lugar em Quantidade de Observações e o 6.º em Quantidade de Espécies Registradas e Identificadas. Respectivamente, o estudante teve 133 observações e 95 espécies observadas no período.
Do total de 20 registros notáveis feitos por ele, dois foram incluídos na planilha internacional do desafio. Segundo ele, a maioria das fotos produzidas por ele foi feita numa área próxima de onde mora, além do entorno da chácara da família, em uma região que preserva muito da vegetação nativa. Os registros do acadêmico também foram feitos em outros municípios da região, como Vidal Ramos.
“Tive grande facilidade em registrar principalmente plantas de pequeno e médio porte. As plantas maiores são difíceis de ter uma fotografia decente. Os animais que consegui registrar foram na maioria insetos, devido à facilidade em encontrá-los. Borboletas representam a maior parte de registros de insetos, e foram as mais trabalhosas pelos seus hábitos ambulantes. Consegui registrar também algumas espécies de fungos”, relata.
Da participação, ele ainda salienta a colaboração de diferentes profissionais, tais como: biólogos, botânicos e professores para identificar as espécies fotografadas. “Em várias espécies que pude registrar foi constatado que fui uma das poucas pessoas no mundo que fez a observação delas e as inseriu na plataforma. Em outras espécies, por exemplo, consegui ter destaque fazendo uns dos poucos registros no nosso estado ou no nosso país”, celebra.