Anualmente, o Brasil registra em média 41,1 mil casos de AIDS, segundo dados informados pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde.
Em Brusque, o Serviço de Assistência Especializada (SAE) da Secretaria Municipal de Saúde acompanha mais de 700 pacientes em tratamento. Além do HIV e AIDS, a secretaria também monitora os pacientes de Hepatite B, Hepatite C e Sífilis, entre outras infecções sexualmente transmissíveis.
Preocupada com os dados alarmantes divulgados pela Secretaria de Saúde, especialmente envolvendo os jovens, a UNIFEBE instalou em seus banheiros dispensers com preservativos cedidos pela secretaria de saúde, para conscientizar os acadêmicos, funcionários e visitantes da Instituição sobre a importância da prevenção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Segundo a supervisora de Recursos Humanos, Juliana Peixer, por ser uma Instituição de Ensino Superior, a UNIFEBE tem o papel de acompanhar as políticas públicas de saúde na disseminação de informação para que seus acadêmicos, colaboradores e a comunidade tenham a correta orientação sobre mecanismos de prevenção, identificação, assistência e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis.
— As pessoas precisam estar bem informadas sobre seus direitos para evitar preconceito, discriminação e falta de apoio. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde contempla, neste momento, a disponibilização de preservativos nos banheiros da Instituição como um dos métodos de prevenção de IST’s — explica Juliana.
Segundo a farmacêutica do SAE, Camila Gill, apenas neste ano, de janeiro até o início de julho, foram registrados 28 novos diagnósticos de HIV em Brusque, três femininos e 25 masculinos. Destes, três casos vieram a óbito.
— Além disto, estamos com uma epidemia de sífilis a nível de Brasil e no município não é diferente, em 2016 foram 13 casos em gestante, um número preocupante, visto que a sífilis na gestação pode prejudicar seriamente o bebê, inclusive levar ao aborto ou morte do recém-nascido, quatro casos em crianças e 110 casos em adultos. No primeiro semestre deste ano tivemos 12 casos em gestantes, um caso em criança e 60 casos em adultos. Quem quiser realizar os testes de HIV, Sífilis e hepatites virais deve procurar a unidade de saúde do seu bairro, com cartão do SUS e documento com foto — orienta.