O trecho do Rio Itajaí-Mirim, em Brusque, entre a Apae e a UNIFEBE, foi retratado pelos acadêmicos da 2.ª fase de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEBE, em uma maquete topográfica. O trabalho foi desenvolvido nas aulas do componente curricular Maquetaria, ministrado pela professora Alexssandra da Silva Fidelis, e apresenta, em escala 1/1.500, o rio, vias, edificações e vegetação.
Em detalhes, os estudantes representaram as edificações e o contexto urbano de Brusque, como a Ponte Estaiada, o Estádio Augusto Bauer, Terminal Urbano, Rodoviária, Arena Brusque e UNIFEBE. “Desenvolver a maquete do Rio Itajaí-Mirim foi uma experiência muito marcante para mim. Durante o processo, aprendemos a trabalhar com a topografia da cidade de forma mais realista, o que nos ajudou a entender melhor o comportamento do rio em diferentes regiões. Foi incrível perceber a importância do rio para Brusque e como ele interage com o espaço urbano”, comenta a acadêmica Beatriz dos Santos Bucker.
A atividade buscou estimular o entendimento e a percepção espacial para a leitura do território, a fim de incrementar o repertório de cada acadêmico para a análise das informações identificadas no ambiente avaliado, explica a professora Alexssandra. Durante o processo de fazer a maquete, os estudantes realizaram diversas pesquisas para poder representar com fidelidade. “Vimos a topografia, principais vias, áreas de enchente, vegetação e as edificações que estavam presentes na área. Por ser uma grande maquete, exigiu bastante tempo e esforço, mas que contribuiu muito para meu aprendizado. Com ela aprendi ainda mais sobre escalas, proporções, topografia e acabamentos, e ver isso, na prática, foi muito gratificante”, destaca a acadêmica Luana Caroline Rieg.
Exposição
Para apresentar o resultado do material à comunidade acadêmica, a maquete foi exposta no átrio do Bloco A, durante a Semana ODS Na Prática, Executa 2024, e durante o mês de novembro, em uma exposição exclusiva do trabalho realizado pelos acadêmicos.
As exposições, segundo a professora Alexssandra, visaram estimular reflexões acerca da relação existente entre o rio, a cidade e as pessoas. “É possível notarmos a evolução das práticas e ferramentas utilizadas para entender e projetar o espaço. No entanto, uma das mais poderosas continua sendo a maquete física. Acredito que as demandas apresentadas ao longo do processo, desde a seleção de materiais, elaboração individualizada dos elementos, montagem e materialização tridimensional do modelo, acabam por exigir amplo envolvimento do acadêmico, dado suas minúcias. A maquete nos permite uma imersão sensorial e uma compreensão profunda da relação entre o objeto e o espaço que o envolve. O crítico de arquitetura, Juhani Pallasmaa, explica que a maquete ativa a percepção sensorial e possibilita uma “intuição tridimensional” do território, essencial para a compreensão das relações espaciais e sensoriais que o ambiente construído estabelece com seus usuários. O gesto de construir uma maquete, portanto, vai além da criação de um modelo físico, sendo uma forma de entender o lugar, suas potencialidades e suas limitações e, por isso, é tão importante durante a formação acadêmica do estudante”, ressalta a professora.
O coordenador do curso, professor Marcelius Oliveira de Aguiar, avalia a atividade como essencial para o processo de aprendizagem, desde as primeiras fases do curso. “Esse trabalho evidencia a importância da materialização daquilo que eles projetaram. Além de demonstrar para a comunidade em geral o envolvimento do nosso acadêmico com a realidade local, em práticas como esta os estudantes pesquisam, se engajam, desenvolvem a criatividade e compreendem uma das atribuições do arquiteto, de, por meio da maquete, apresentar o projeto como um todo, antes da execução”, conclui o professor.
Confira algumas fotos do material desenvolvido pelos estudantes: