Educadores da rede pública estadual participaram de um dia de treinamentos em uma parceria entre o Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) e a Coordenadoria Regional da Secretaria de Educação Estadual (CRE). Durante a iniciativa, professores de toda região puderam conhecer mais sobre o uso de Espaços Maker na educação e a aplicação de jogos digitais no ensino.
Na abertura das oficinas, pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, destacou aproximação com a CRE para a qualificação de docentes. Ele também enfatizou a possibilidade de troca de experiências com a interação.
“Muitos desses professores já conhecem a instituição de outras formações e cursos e é importante para a UNIFEBE colaborar com esse processo de atualização dos educadores da nossa região”, afirma.
O integrador Regional de Educação, o professor Kelwyn Pfleger é responsável pelo Núcleo de Tecnologias Educacionais (NTE). Segundo ele, o uso das tecnologias na educação sempre foi vital, mas ganhou uma urgência maior após o período pandêmico. A necessidade, como indica o professor, levou à busca por aprimorar os conhecimentos dos docentes com atuação nos espaços de tecnologias das escolas.
“Nesse sentido, estabelecemos uma profícua parceria com a nossa renomada UNIFEBE, que gentilmente nos atendeu e disponibilizou a expertise dos professores Fernando Merísio e Júlio César Frantz. Não temos dúvidas de que tais eventos trarão um resultado direto e efetivo na aprendizagem de nossos estudantes, visto que estão cada vez mais imersivos nesse universo tecnológico e, por isso, faz-se necessário termos docentes mais bem preparados para entender os estudantes vindos desse percurso formativo”, descreve.
Maker e jogos digitais
Orientados pelo professor Júlio Cesar Frantz, os educadores puderam desenvolver um projeto prático, envolvendo a impressão 3D, cortadora laser e o uso do Arduino. Para ele, a oficina Maker foi uma experiência enriquecedora, por envolver a troca de conhecimentos e pela importância de capacitar educadores em um ambiente dinâmico.
“A formação em espaços Maker não apenas amplia o repertório dos professores, mas também catalisa a curiosidade dos alunos, promovendo um aprendizado mais significativo e alinhado com os desafios do século XXI. Foi uma tarde muito boa, repleta de descobertas, colaboração e entusiasmo em prol da educação”, detalha o professor.
O coordenador do curso de Licenciatura em Tecnologia Educacional, professor Fernando Luís Merízio, acredita que a abordagem sobre o tema e o desenvolvimento de jogos digitais ou analógicos com outros educadores é um dos grandes caminhos para a formação dos educadores para a utilização dos recursos em sala de aula, para que ele se sinta capacitado para utilizar os recursos em suas práticas educacionais.
“Quanto mais possamos trazer o tema dos jogos para a sala de aula, mais vamos contribuir para que eles adquiram essas habilidades para trabalhar com seus alunos. Precisamos fomentar esses professores a buscar esses conhecimentos e oferecer essas formações, sejam em cursos de extensão ou formações específicas para as redes de educação, além de fomentar o uso dos jogos na graduação, licenciaturas e especializações”, afirma. “O tema contribui significativamente para a formação de professores porque ele é mais uma ferramenta a serviço do processo de ensino- aprendizagem. Toda a questão que os jogos trazem acerca da resolução de problemas, a busca por vencer desafios, as estratégias, raciocínio logico, têm dentro de si. Tudo isso, acaba contribuindo de maneira significativa para incrementar esses processos. O jogo faz parte da vida das crianças”.
Um dos participantes da atividade foi o professor Felipe Andrade. Contente com a experiência, ele salienta o aprendizado das atividades práticas e as possibilidades de aplicação após o encontro. De acordo com ele, mesmo que já tivesse participado de outras formações e tendo conhecimento prévio sobre os temas, a forma como a atividade foi abordada trouxe uma formação com maior profundidade.
“Particularmente, já conhecia de programação de protótipos de Arduino, corte a laser, impressão 3D e outras tecnologias abordadas, mas acho que o mais importante é que voltamos para a sala de aula mais motivados depois desse encontro”, indica.