O Dia Mundial da Água foi celebrado, em Brusque, com a XI Descida do Rio Itajaí-Mirim. A ação, parte da Agenda 2030, atende quatro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e contou com a participação de acadêmicos, estudantes do Colégio UNIFEBE, professores e profissionais técnico-administrativos da UNIFEBE.
A ação anual foi uma oportunidade de sensibilização sobre a preservação dos recursos hídricos e os impactos do descarte irregular de resíduos. Durante a descida, os participantes fizeram a coleta de itens que foram coletados às margens e trechos do rio, como Artefatos de concreto, uma lixeira de metal, materiais plásticos, pneus, tecidos e brinquedos.
Os barcos percorreram o trecho entre o Instituto Federal Catarinense (IFC) e a Ponte do Trabalhador. Na margem esquerda, próximo do fim do trajeto, tendas com entretenimento e a prestação de serviços para a comunidade, prestados pelos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Educação Física.
“A XI Descida do Rio Itajaí-Mirim é um evento para chamar a atenção da população para os resíduos que são encontrados nas margens e dentro do rio. Foi muito bom contar com a participação de tantos acadêmicos e de diferentes cursos de graduação nas ações”, sinalizou a presidente do Comitê de Sustentabilidade da UNIFEBE, professora Tamily Roedel.
Ela ressalta o alinhamento da atividade com os ODS como: Água Potável e Saneamento; Ação Climática; Consumo e Produção Responsável; e Preservação da Vida Terrestre. De acordo com a professora, para além dos resíduos retirados do Itajaí-Mirim, os efeitos da erosão nas margens do rio também chamaram a atenção.
Atenção à comunidade
Acompanhando o grupo de acadêmicos de Educação Física, que prestou serviços como aferição de índices glicêmicos, pressão, testes de força e orientações sobre saúde, o professor Leonardo Ristow, afirma que a atividade foi um momento importante para o desenvolvimento dos estudantes. De acordo com ele, momentos de interação com o público externo em atividades, como a elaborada na margem esquerda do rio Itajaí-Mirim, representam oportunidades para que os acadêmicos põem o seu conhecimento em prática fora da instituição.
“Quando vamos para a comunidade, além de saberem os conteúdos, eles precisam desenvolver o atendimento, se capacitar-se e desenvolver essas competências de comunicação, escuta, entender os problemas, saber como relatar para as pessoas que são atendidas”, descreve.
Já dentro do rio, a edição foi a primeira que o acadêmico de Engenharia Civil, Cenir de Pinho Junior participou. Avaliando a iniciativa como positiva, ele afirma ter ficado surpreso com a quantidade de resíduos ao longo do percurso.
Para Cenir, ações como a descida do rio têm um papel importante na conscientização e deveriam ser mais incentivados, como uma maneira de chamar a atenção para o tema. “A poluição existente no nosso Rio é evidente e podemos, cada vez mais, notar a presença de detritos dos mais diversos nas margens. Sempre via a necessidade de intervir na situação, mas nunca havia encontrado uma forma eficiente”, relata. “Acredito que o ato foi de muita valia para o meio ambiente e para a sociedade, visto que nossa cidade depende de forma intrínseca do rio Itajaí-Mirim para diversas finalidades econômicas e ambientais”.